UMA ESTRANHA MANEIRA DE MORRER
Hoje eu resolvi sentar aqui
e vomitar a minha alma.
Não, não se aflijam nem corram, calma!
Quero sentir-me vazada sem os opobrios de torturas.
Quero sobre maneira expurgar de mim a criatura
E deixar o vazio inundar o meu corpo
Para me sentir como se sente um morto.
Agora sim, estou repleta do nada;
Oca internamente, extirpada.
Minha alma morreu assassinada por mim
e eu continuo pensando, embora
nada mais exista nesse meu imaculado fim.
Pobre de minha alma que ainda se debate
Em meio a líquidos viscosos, empíricos..
Ela grita de longe e comanda meus lúgrubes suspiros;
Quero expulsá-la dos meus domínios
Para que não interfira em meus caminhos,
Nunca mais! Agora serei só eu e meu invólucro.
Deixo-a alí, sanguinolenta e vomitada
E me vou com lenta e automatica passada.
Deitarei na tumba a mim destinada
E chorarei com pena de minha pena,
Pela alma justa que me foi tão pequena.