EQUÍVOCO

Sonho que não passa

Tomei toda cachaça

Matei o meu poema

Chorei ante a vidraça.

Na rua fumaça

Presságios de chuva

Equívoco nas brumas

Lágrimas de sangue.

Tortuoso cântico

Calvário no papel

Escrevi um poema

Mas o assassinei no final.

Castro Antares
Enviado por Castro Antares em 15/07/2011
Código do texto: T3097881
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