O grito

Com licença!

E se hoje eu faço um poema

É por que preciso falar

Dos segredos, sentimentos e dilemas

Que com todas as suas certezas

Até confundem a minha cabeça.

O meu pedido é um grito

O meu silêncio é infinito

Bem, talvez, mais típico

Do que consigo imaginar.

No entanto, eu preciso escutar

O que meu poema irá revelar.

Ouço vozes de tudo quanto é lugar

Tudo tão cheio de detalhes,

Verdades

Mas ainda tão pouco

Para satisfazer as minhas vontades.

Se por acaso estiver louco, eu falo

Se por acaso isso for amor, quem sabe?

Se um dia eu ficar sozinho, me mato

Para ver se encontro bons ouvidos

Lá, do outro lado.

De 14/07/2011.

R Borges
Enviado por R Borges em 15/07/2011
Código do texto: T3097067
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