Para alguém, de ninguém

Algumas coisas

nunca

mudam.

Anos passaram e eu cá

olhando as mesmas

fotos da mesma

mulher.

Maldita, maldita, roubou-

me essência e de

mim

retirou a arte que de

mim

gritava. E de

mim foi-se a

alegria que brotava, mas não de

mim.

“E eu preciso de você essa

noite, preciso mais do que

nunca.Se você me

acalentar com teu

beijo doce essa noite

acalento-a a vida toda”. –

até cantaria se

preciso

fosse.

Mas sou

homem.Não

admito.

Esqueci-

a, afinal. Abro uma cerveja

e

lembro.Nos braços

doutra só

lembro.

E é duro o suficiente

para fazer alguém

chorar.

Mas eu

não choro.Você chora?