DESASSOSSEGO

Assim como as borboletas que perambulam por 24 horas,

quero minha resposta agora.

Tenho medo do que sinto,

do que me espera.

As inspirações não surgem por falsos testemunhos,

poesia larga carga.

Nuvem de peso vageiam aos céus,

de potencia, cor azul.

Ainda está cinza...

Devo amar e cultivar...

Mas não quero...

Ela fingiu fingir que está pronta,

mas suas idéias, gesto e pena, não valem...

Os mortos são meus inimigos,

não olham, não erguem e não servem...

Existem substâncias pra alucinar,

talvez fosse uma válvula de escape,

mas meu corpo olha, precisa e não quer...

Quem sabe posso até chorar,

Sem travesseiro pra dormir,

Pago a qualquer pesadelo,

Noite de insônia...

Quero ficar acordado,

ao mito do pobre coitado,

desengonçado, lavo a alma...

Partilheiras, livros de resposta,

leio, caço e não consigo, surdi tos e depressivos,

Já não dizem, repetiu o mesmo conto.

Os texto que só desabrigam,

por aqui deixou triste.

O caminho está sobre folhas,

de um livro sagrado.

Ainda ficamos tentando imaginar...

E porque não seguir agora?

Eu quero! Os dias florirão.

OSMAR ZIBA
Enviado por OSMAR ZIBA em 02/12/2006
Código do texto: T307913