RESPIRAÇÃO OCULTA

No mesmo momento em que escrevia,

escutava a sua voz que vinha...

Sobre oxigenação de folhas,

encarnando com sede a tua boca,

de válvula suculenta,

saliva experimental...

Razão instrumental...

ainda estou só...

ainda me sinto só...

Em novelas de falsa larga,

levando a vida sem mentira,

nostalgia casual.

Dei-me tua mão,

formando o casal,

por sombra de palmeiras.

Em jardim de roseiras despencadas,

insisto em querer você...

Sonho de nuvens recheadas.

Assim não fico só...

Assim não me vejo só...

OSMAR ZIBA
Enviado por OSMAR ZIBA em 30/11/2006
Código do texto: T305832