A canção dos Inonimados

Dos depósitos de lixo e das cinzas da Igreja

Eu recolho almas e esperanças

Absorvendo a dor, o calor

do fogo e da ferida que sangra

Tornou-se frio e esquecido

Morto sem um nome

Enterrado sem lápide

Apenas uma cova fria para você consolar-se

Mas para onde você vai nomes não são

Necessários

Meramente enfeites, desprezados

Não é uma escolha, é inevitável

Agora você é um Inonimado

Pulsando pela terra, avançando

Pelas valas

Crescendo com lixo e amando o

Ódio

Está é a canção dos Inonimados

Esquecido sem um nome

Inonimado

Enterrado pelo homem

Violado

A alma roubada pela definição

E a mente arrancada do seu coração

O ouvi na noite escura, o vento

Na janela

A rocha que estala e o vulcão

Que ruge

São todos gritos da canção

Inonimado;

morto e enterrado

Apodrecido em vida

Aqui o medo é banal

Aqui o amor é fútil

Aqui onde o Grande, o Forte e o Misericordioso se rendem

Aqui, onde as mente-almas não tem nomes

Inonimados não oram

Nem imaginam mil autores;

difamam os Senhores!

É impossível matar um monstro e não ser um;

é impossível amar um monstro e não se tornar um

Cante! Cante e morra!

Observe! Observe e absorva!

"Se você olhar muito para o abismo;

o abismo olha para você!"

ZacK
Enviado por ZacK em 19/06/2011
Reeditado em 19/06/2011
Código do texto: T3045299
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