Eu sem caminho.
Encarcerado num cárcere nada privado.
Nada e nem ninguém é realmente de alguém.
Tudo se perde no submundo desse mundo.
E eu às vezes puro de alma e outras de alma enfurecida, me perco em devaneios múltiplos.
Mundo sem sentido, traz consigo a falta de nexo.
Para onde eu for, nada vejo que me preencha esse vazio.
E eu me vejo esvaindo como a água de um funil.
Meu Deus, eu me perdi nesse canil.
Pois, que esse mundo é uma cela repleta de cães comendo a carne de outros cães.
Mundo cão.
Canção sem som.
Abismo indiscreto.
A onde vou nada vejo que acho que seja certo.
Deus, o que ei eu de querer perto de mim, se nesse mundo tudo é hipocrisia?
Como sairei dessa agonia?
Tenho que me segurar para não perder a linha dessa vida.
Mas, tenho que correr senão o trem me pega.
Ladram os cães raivosos.
Roubam nossas vidas e nossas essências ao roubarem nossas consciências.
E nos perdemos de nós mesmos.
Poeira suja de sangue.
Mundo cheio de bichos ferozes.
Canil cheio de animais carnívoros perigosos.
Esse mundo é um esculacho.
E eu realmente nem sei mais o que eu acho.
Não, eu não sei mais o que faço.
Pois, que essa vida é um esculacho.
E eu acabo me perdendo de mim mesmo.
E eu já nem sei mais onde eu me acho.
Não, eu não sei mais onde eu me acho.
Pois, que esse mundo é um esculacho.
E eu nem sei mais o que faço.
E não, eu não sei mais o que eu acho.
Deus, eu já não sei mais nem ao menos onde eu me acho.