Eu sem caminho.

Encarcerado num cárcere nada privado.

Nada e nem ninguém é realmente de alguém.

Tudo se perde no submundo desse mundo.

E eu às vezes puro de alma e outras de alma enfurecida, me perco em devaneios múltiplos.

Mundo sem sentido, traz consigo a falta de nexo.

Para onde eu for, nada vejo que me preencha esse vazio.

E eu me vejo esvaindo como a água de um funil.

Meu Deus, eu me perdi nesse canil.

Pois, que esse mundo é uma cela repleta de cães comendo a carne de outros cães.

Mundo cão.

Canção sem som.

Abismo indiscreto.

A onde vou nada vejo que acho que seja certo.

Deus, o que ei eu de querer perto de mim, se nesse mundo tudo é hipocrisia?

Como sairei dessa agonia?

Tenho que me segurar para não perder a linha dessa vida.

Mas, tenho que correr senão o trem me pega.

Ladram os cães raivosos.

Roubam nossas vidas e nossas essências ao roubarem nossas consciências.

E nos perdemos de nós mesmos.

Poeira suja de sangue.

Mundo cheio de bichos ferozes.

Canil cheio de animais carnívoros perigosos.

Esse mundo é um esculacho.

E eu realmente nem sei mais o que eu acho.

Não, eu não sei mais o que faço.

Pois, que essa vida é um esculacho.

E eu acabo me perdendo de mim mesmo.

E eu já nem sei mais onde eu me acho.

Não, eu não sei mais onde eu me acho.

Pois, que esse mundo é um esculacho.

E eu nem sei mais o que faço.

E não, eu não sei mais o que eu acho.

Deus, eu já não sei mais nem ao menos onde eu me acho.

Marcos Welber
Enviado por Marcos Welber em 16/06/2011
Reeditado em 22/06/2011
Código do texto: T3038887
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