NOVELA MEXICANA
Enquanto eu falava
De paixão e amor,
Enquanto eu falava
De afeto e sentimento,
Enquanto eu falava
De presente e futuro,
Enquanto eu falava
De sexo e relacionamento,
Você decretava simbiose
Como se fôssemos
Dois seres inferiores
Sem calor humano
E sem sangue nas veias;
Só fria seiva
Que um aproveita do outro.
Até que você
Fez-me acordar
De meu romantismo
Com tua sentença:
-Vamos diminuir nossa dependência!
Eu caí em mim
E vi que tudo o quê temos
É nossa realidade.
Melhor ela,
Ainda que nua e crua,
A esta fantasia justa
De jura unilateral
E conjura de amor eterno.
Eu, sangue latino
E você, pura erva daninha.
L.L. Bcena, 06/09/2010.
POEMA 236 – CADERNO: CHEGADA NO PORTO.