Navios, deserto e incerteza
Não sei por onde começar,
tudo é frágil, não há como suportar.
Seus mares sem correnteza
dão apenas a certeza da incerteza.
E se um dia seu lar
não lhe der tanto conforto?
Se não há mais navios
atracados no porto.
Restar de mim
apenas um pedaço morto.
Pois tudo o que vivi,
o quanto já sofri,
consumiu demais de mi,
contudo espero sumi,
sucumbi,
não traí,
já caí.
Perdoe-me por minhas pernas
não me levarem a algum lugar.
Ancorá-las muito além
de onde o coelho branco possa chegar.
E se não for pedir demais,
Peço: -Não me deixe mais errar.