QUANTA IRONIA
Eu te permiti todas as loucuras
em nome do nosso amor
dei-te do meu corpo
o meu calor
a minha alma
o meu ser
Serviste-te a vontade
fui teu cálice de prazer
tua sede eu saciei
Agora dizes
que não me quer
profana-me
como se eu fosse
uma qualquer
Não, eu não sou
se me dei assim
é porque não sei amar
se não posso dar
tudo de mim
Esquecerei que te pertenci
e se um dia passares por mim
que seja assim
Finjas que não me conheces
eu fingirei que te esqueci
tu não me mereces
Célia Jardim