Devaneios
Eu que pensava ter um sonho realizado:
Ver meu livro de poemas publicado
E distribuidos em todas as livrarias.
Eté imaginava todo o povo
A buscar e a saber, do escritor novo,
Sua vida, seus versos e suas poesias.
E, com esse intenso frenesi eu delirava
E obviamente meu poema eu declamava.
Enquanto alguns esperavam pelo meu autógrafo,
Umas extensas multidões se comprimiam
E ininterruptamente me aplaudiam
E eu ali, fazendo poses para o fotógrafo.
Mas, isso eram sonhos, eram devaneios
De um poeta sem posses e sem meios
De imprimir se quer uma folha de papel.
Ah! Sei que meus poemas ficarão em meu caderno,
Até que um dia o Criador, o Pai Eterno,
Venha buscar-me para eu ir escrever no céu.