Devaneios

Eu que pensava ter um sonho realizado:

Ver meu livro de poemas publicado

E distribuidos em todas as livrarias.

Eté imaginava todo o povo

A buscar e a saber, do escritor novo,

Sua vida, seus versos e suas poesias.

E, com esse intenso frenesi eu delirava

E obviamente meu poema eu declamava.

Enquanto alguns esperavam pelo meu autógrafo,

Umas extensas multidões se comprimiam

E ininterruptamente me aplaudiam

E eu ali, fazendo poses para o fotógrafo.

Mas, isso eram sonhos, eram devaneios

De um poeta sem posses e sem meios

De imprimir se quer uma folha de papel.

Ah! Sei que meus poemas ficarão em meu caderno,

Até que um dia o Criador, o Pai Eterno,

Venha buscar-me para eu ir escrever no céu.

Roberto Jun
Enviado por Roberto Jun em 09/06/2011
Reeditado em 15/06/2014
Código do texto: T3023283
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