Abril Despedaçado

Despedaçaram

o coração,

a alma,

a calma.

Abriu-se e a porta

permaneceu fechada

o que mostrou, fachada

da provável solidão.

Permaneceram

a dor,

a cor,

a cara.

Permaneceu

a tara

que eu chamo de amor

que na rede, embalada,

naquela tarde farta

se revelou

um fingimento desastrado.

Bruno Salim
Enviado por Bruno Salim em 06/06/2011
Código do texto: T3018775