NICOTINA, ÁLCOOL E UM SOFÁ
Já é tarde da noite e tão cedo dia
Velho corpo enterrado no sofá
Luzes apagadas, a TV sem imagem
Entre meus dedos o cigarro a queimar
O copo pela metade com um vinho barato
Me convence a fazer o que ele mandar
Cercado apenas de amigos sinceros
Nicotina, álcool e um sofá
Será que um dia vou me levantar
E deixar pra trás esses venenos?
Olho em minha frente um cinzeiro enferrujado
Roubado de um boteco qualquer
No meu copo um vinho barato
Me convence a fazer o que ele quer
Na parede da sala o relógio parado
Já nem penso mais em consertar
Cercado apenas de amigos sinceros
Nicotina, álcool e um sofá