A história detida aos pés.
Na janela da escuridão não vejo nada
Tenho migalhas de reflexo
Lembro-me do que já fui, cenas presas no passado
A lenda de um ser transformada em saudade
Corroem a alma fingida de dor
O Surto permanente no semblante
O Mistério do Homem
Um império de desamparo
O tempo passou, sem perceber
A noite chegou e o dia tornou-se nulo
E não fui, não fui
Não voei, não transformei
Face ferida do desconhecer
Sem Bravura, história mentida
A dor corrói, o sentir domina a fera
Caminho choroso, ido de desespero
Esperança do retorno não cedido
Aproxima da morte
Perdido na insanidade de ser, a hora parou
A história detida aos pés.