Nas Ondas da Ilusão
Nas ondas da ilusão
Levei meu barco a remar
Mais a tormenta era grande
Triste tive que acuar
Recuei absorto no viver
Ancorei meu triste barco
E a esperar a calmaria fiquei
Desilusão, a calma não encontrei
Entreguei então ao destino
Minha sorte e desatinos
As lágrimas todas guardadas
E a alegria desbotada
Pensei voltar ao oceano
Para cumprir os meus planos
De encontrar no infinito
Um amor sem desenganos
Mas quando a maré baixou
Era tarde para a alma
A solidão do mar
Cerrou as portas do amor
Mar bendito mar sagrado
Quanta água quanta vida
E eu aqui desaguando
Em lágrimas desmedidas
(Ana Stoppa)
a interação neste poema:
Refiz meus planos
Amarras soltas
Velas a todo pano
Me fiz ao mar
Sem rumo
Sem norte
Apenas a ânsia de navegar!
(Euripedes Barbosa Ribeiro)
Agradeço a interação recebida via e mail
da querida poetisa Marllene Borges Braga
ENTÃO ERA TEU AQUELE BARCO? ...
Então era teu aquele barco
Que de longe avistei
Eu também passei apuros
Meu barco ancorei...
Fui em busca de saciar minha sede
De amar e novamente encontrar...
Na ilha perdida armei minha rede
Buscando motivos para sonhar
Tão grande meu desatino
Sequer consegui dormir
Ironia de meu destino
Não sabia para onde seguir!
Sem forças não podia remar
Deixei-me em desalento à deriva
Perdida levada em alto mar
De longe o teu barco eu via!
Se ao menos pudesse te encontrar
E juntas poderíamos chorar
Tu me darias consolo e forças
Eu poderia te amparar
Era noite tarde e a escuridão
Em nosso coração era maior
Que do mar a imensidão.
No amanhecer dourado de sol
Sorrimos de nossa ilusão
Indo em busca do amor que se foi!
Remamos... muito, e voltamos à realidade
E temos certeza de que encontraremos
Um amor de verdade... (que valha a pena)!...
Marllene Borges Braga