Desilusão sem fim
Para que o encanto passado?
Para que perder a cabeça em sonhos e desilusões
Pois apenas soe o mero amargo de um cabelo outrora negritado
Hoje, tingido, desnudado ao pecado
Falhei!, ao pensar que um dia as sombras seriam luz
Ao alcançar-te, ao esperar-te
Mais não ponderas mais
Não fortaleces mais o amor
Pois vive a vaguear, longe de teu dono marital
Ao menos, se somente fosses dele
O meu bel prazer seria entregue a ti
Mais nada sofreu, mais nada buscou
Apenas o vazio, debruçado em homens cefálicos
Pela ausência do dono marital
Névoa em plena escuridão, à frente precipício
E aonde parei?
A mercê de toques musicais, suprindo a dor
A desilusão daquela que tentei mudar
Morte e pranto são amigos inescusáveis
Quando se vive a dor de um amor conquistado,
Abalado e não conquistado