Colheita maldita
Triste plantar sementes do amor,
Na esperança de algo bom brotar,
Pra colher algo lindo como uma flor,
Fazendo jus ao ato de plantar.
Às vezes a terra não reconhece a boa semente,
Brotando a raiz da ingratidão,
Desenvolvendo-se uma planta serpente,
Devorando o singelo coração.
Oh, terra mal agradecida!
Que és adocicada com o mel do amor,
Que com fel e espinhos cria feridas,
Matando seu próprio plantador.
Não adianta virar praga para a plantação,
Deixe que dela o tempo cuidará,
O ideal é reunir as sementes com emoção,
Para em outra terra plantar.
Nas terras em que cuidarmos,
Temos que saber viver,
Pois nem sempre o que plantarmos,
Isso também iremos colher.