Hoje estou à procura de amor.
Hoje estou à procura de amor.
Sinto a dor de um peito lançado a viver sozinho,
De um peito lançado a viver ferido,
De um peito a viver lançado às facadas de uma arma branca.
Espanca, então, o pobre coitado ordinário solitário.
Dos fatos dos pratos estão vazios.
Meu coração esta sozinho.
Vivo friamente sem cálculos,
Sem objetivos,
Sem perspectiva.
O meu estado se resumiria a um idoso vivendo num asilo,
Sem parentes, sem afetos,
Sem abraços, sem beijos, sem oi’s.
Meus argumentos são um adeus, que apenas Deus irá proclamar.
Ei, Deus, ajuda-me a encontrar alguém para amar.
Pois só encontro motivos para desanimar.
Pois cansei dessa mulherada que se acha tanto,
Mas nem é tanto assim.
Talvez eu seja mais infeliz.
Talvez suas bolsas sejam mais furadas.
Talvez seus saltos quebrem na calçada.
Quebra o salto, então.
Cai no chão.
Beija o chão.
Sente o chão, pois vocês são nada!
Não há o porquê de se acharem.
Têm muito o que ralar.
Rala a salada, pois estou com fome.
Quero jantar.
Talvez só para isso vocês sirvam.
Estou no self-service,
Cadê meu rango?
Cansei de ser romântico.
Hoje sou mais ignorante.
Arrogante? Talvez, mas eu posso!
Pois faço mais que vocês.
Não me vendo.
Meu corpo não tem preço.
Esta vendo? Olha o seu, viu a etiqueta?
Quanto custa a tal sem jaqueta?
É teta dizer isso na lata,
Mas, hoje em dia, existem muitas mulheres vira-latas.
Também existem homens,
Mas, como eu, jamais vocês virão:
Sensível, inteligente, sagaz...
Nem no Zorra Total você irá encontra o tal.