A ESPERANÇA DA RESSURREIÇÃO É A MORTE
27.09.2007.
A esperança da ressurreição é a morte
Meu respeito pela cruz é minha liberdade
Minha “religare” é um só calvário
Já fora ameno
Hoje sou agnóstico
Leigo adepto dos gritos, de liberdade
Quando das tumbas nas “eclesias” me prostraria ante imagens?!
Pessoas que gritam com outras e
Prostram-se ante imagens de pedra, gesso e sabão
Não se ressuscita sem morrer
Essa é a lei
Vivo no estábulo dos muares
Onde o sóbrio que berra, ensina o louco que sofre
Ofícios religiosos: ponha um copo de água sobre a televisão!
A glória, o credo e o opus dei
Piedade...
Nada mais comum na beatitude que o grito
Vale a pena pincelar o inferno
Vale a pena depois imaginar o céu
A esperança da ressurreição é a morte
Meu monastério está lotado de dementes andando mudos
Pra lá e pra cá
Nunca mais a guerra
Nem ataque, nem defesa
Lutar contra quem não sabe lutar?
Com quem não sabe atacar ou defender?
Largue seu emprego e morra!
Sorria nesse mundo ébrio de pessoas ruins
Super difícil encontrar alguém diferente
Quando se é indiferente às diferenças
Será sempre difícil escrever o que se sente
Quando mal se consegue falar
Acres, minhas palavras estão amargas
Glorificamos-te!
Seres “santíssimos” desse infernal mundo
“Santíssimos” imersos no “amor”
Quem ama a vida, o apreço, o respeito, o conhecimento, a calma, o alento de uma música e o lamento de quem sofre?!
(dia difícil...)