POUCA COISA RESTA QUANDO ACABA AQUILO QUE NUNCA EXISTIU
19.08.2007.
 
 
   Coração despedaçado pelo desperdício
   Horas prostrado num altar pagão
   Suplícios e senões de negativas rancorosas
   Quando se ouve: não te amo mais!
 
   Escrevo com a mão esquerda para que ninguém veja
   Ninguém aromatize aquilo que ouço
   Vou tampando as letras, fechando as portas
   Desabando cambaleante em minhas colunas
 
   Coração desiludido nas várias ilusões
   Horas de vagas concepções românticas
   Nomes e pernas entrelaçadas que fomos nós
   Nós marítimos, noz moscadas, nós sozinhos
 
   Nos nomes, nós somente: homem e mulher
   Pouca coisa resta quando acaba aquilo que nunca existiu
   Pouco da festa que é se achar amado
   Quando se percebe assim que apenas se achava assim
Marcelo Braga
Enviado por Marcelo Braga em 19/05/2011
Código do texto: T2979452
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