QUERO MINHA VIDA DE VOLTA

Recolhi os cacos sob a mesa

um a um, e eram tantos

em quantos pedaços você me partiu

em quantos laços me prendeu

até descobrir que não era amor

até se desincumbir e jogar pro alto

a minha frágil porcelana

e me deixar assim, insana

tão destroçada, tão morta

que nem sei mais por onde

vou, pra onde ir, e como

ultrapassar aquela porta

que me leva outra vez a mim

Pois quem fui se perdeu

não há como consertar

e terei que pra sempre

viver com este aleijão

que impede os passos

que convida à morte

maldita sorte

maldito norte

que se apagou.

Quero minha vida de volta

quem vai me abrir esta porta?

Denyria
Enviado por Denyria em 17/05/2011
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