Não! Tenho mais palavras!

Não! Chega de ser bonzinho

Pensar que nós vamos mudar

Que vamos ser todos diferentes

E que nós vamos aprender amar...

Não! Chega de perdoar, sorrir

Aquele que nos que magoa

Maltrata o que mata e dilacera

E pensarmos que eles vão mudar...

Não! Chega de pensar, defender

Que ainda há tempo para salvá-los

Que o mundo os vai fazer mudar

Pois sabemos que é a mais pura mentira!

Não! Quero mais mentiras, chega!

Nem sequer que me ultrajes, enganes

Tapes meus olhos e minha boca

Pois eu não vou mais me calar!

Calar! Nunca mais, ficar quieta

Vou pensar sobre isso sim

Pois cansei de acreditar, sim!

Em quase todos aqui neste mundo!

Oportunistas, opressores, ilusionistas

Ditadores, safados, e cambada de pilantras

Que usam a inocência das nossas crianças

Que usam e abusam da casa de Deus, também!

Eu! Não vou mais me calar! Não chega

Chega de concordar, com a dor, miséria

Com a escuridão, a revolta e o abandono

E não viver no amor... Apenas no amor!

Que importa a voz do poeta!

Se a ele! O querem sempre calar

Sufocar, silenciar e massacrar

Pelos rios de tinta, revoltada

Que ele no silencio da noite, escreve...

Apenas agora me resta a esperança

A sensatez e a vontade de viver

Pois eu logo estarei em paz...

Na minha real paz, egoísta não?

Eu quero ser egoísta no colo de Deus...

Tristes as minhas lágrimas caem, revoltada

Pelos maus tratos constantes ao nosso planeta

Por ver aqui, que talvez meus netos e bisnetos

Vão ter sede, doenças e contaminações

E querem que eu fique calada, apenas calada!

Betimartins
Enviado por Betimartins em 17/05/2011
Código do texto: T2975968
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