Não! Tenho mais palavras!
Não! Chega de ser bonzinho
Pensar que nós vamos mudar
Que vamos ser todos diferentes
E que nós vamos aprender amar...
Não! Chega de perdoar, sorrir
Aquele que nos que magoa
Maltrata o que mata e dilacera
E pensarmos que eles vão mudar...
Não! Chega de pensar, defender
Que ainda há tempo para salvá-los
Que o mundo os vai fazer mudar
Pois sabemos que é a mais pura mentira!
Não! Quero mais mentiras, chega!
Nem sequer que me ultrajes, enganes
Tapes meus olhos e minha boca
Pois eu não vou mais me calar!
Calar! Nunca mais, ficar quieta
Vou pensar sobre isso sim
Pois cansei de acreditar, sim!
Em quase todos aqui neste mundo!
Oportunistas, opressores, ilusionistas
Ditadores, safados, e cambada de pilantras
Que usam a inocência das nossas crianças
Que usam e abusam da casa de Deus, também!
Eu! Não vou mais me calar! Não chega
Chega de concordar, com a dor, miséria
Com a escuridão, a revolta e o abandono
E não viver no amor... Apenas no amor!
Que importa a voz do poeta!
Se a ele! O querem sempre calar
Sufocar, silenciar e massacrar
Pelos rios de tinta, revoltada
Que ele no silencio da noite, escreve...
Apenas agora me resta a esperança
A sensatez e a vontade de viver
Pois eu logo estarei em paz...
Na minha real paz, egoísta não?
Eu quero ser egoísta no colo de Deus...
Tristes as minhas lágrimas caem, revoltada
Pelos maus tratos constantes ao nosso planeta
Por ver aqui, que talvez meus netos e bisnetos
Vão ter sede, doenças e contaminações
E querem que eu fique calada, apenas calada!