O que é isso?
Áridas cores
Cores secas
Síntese de minha pele
Fugaz natural
Notadamente desfalecido
Procuro a minha fotossíntese
Naufraguei na realidade sonhada
Sou a sobra de uma esperança incomparável
Talvez busque muito mais
O fio da minha navalha é cego
Para o altar da fantasia
Busco ainda nascer para a gloria
Um castelo foi sempre a minha casa
Já voei como Ícaro no deserto do Saara
Estou no meu Horizonte
E nada ainda encontrei.
Sou a minha própria testemunha
Cometo o mesmo delito sempre
Sinto-me protagonizando o nada
Sou levado pelo destino
Aleatoriamente e abstrato
Num caminho longo de barro
Que ninguém passa.
Perdido, perdido e perdido,
Como um tesouro não descoberto
Nas sombras dos meus supercílios
Talvez por isso
No fogo de tudo
Não foco o meu próprio caminho.
Condor Azul.