PRESSUPOSTO
Turva-se a água de meu sonhar,
levada para o fundo de um lago transparente
onde nada é visto ou tocado.
Existe o ruído surdo, perene e torpe da inércia,
impedindo a visão da clareza,
substanciando o desgosto.
Ali, estagnado o negrume da desilusão.
Às margens do que houve, a erosão.
E o destino, um mero pressuposto.