"A Tempestade Denovo"
Como receber um destino que fez você ser o último golpe
Do martelo sobre o metal incandescente
Que a bigorna insensível sustentava
Tomando a trama final do punhal que eu teria cravado em mim?
Não duvide que naquela tarde morri..
Não diga que é exagero minhas palavras...
E ironicamente me chamava de “vida”...
E cruelmente me conduzia aos caminhos sobrios da extinção...
Através das muitas mentiras que me contava...
Até o amor ficou feio depois de você...
Demônio com asas de borboleta...
Que uma Justiça que não aceito fez pousar no meu sentimento.
Sob luzes negras e atmosfera decomposta
Tange na lira funesta nossa linda canção
A mesma que virou obsessão que não consigo deixar...
E morrer de amor foi decifrado :
Vazio que nem gritos ou lágrimas preenchem...
Escuridão de catacumba fria...
Oxigênio que se inspira com apatia
Dias de temor sem a presença da perversa...
E a proeza de plagiar o amor se confirmou
Nas suas atitudes tão dissimuladas...
No choro sem lástima verdadeira...
No beijo de desejo leviano...
Abraço que envenena a alma de quem o granjeia...