"A Tempestade Denovo"

Como receber um destino que fez você ser o último golpe

Do martelo sobre o metal incandescente

Que a bigorna insensível sustentava

Tomando a trama final do punhal que eu teria cravado em mim?

Não duvide que naquela tarde morri..

Não diga que é exagero minhas palavras...

E ironicamente me chamava de “vida”...

E cruelmente me conduzia aos caminhos sobrios da extinção...

Através das muitas mentiras que me contava...

Até o amor ficou feio depois de você...

Demônio com asas de borboleta...

Que uma Justiça que não aceito fez pousar no meu sentimento.

Sob luzes negras e atmosfera decomposta

Tange na lira funesta nossa linda canção

A mesma que virou obsessão que não consigo deixar...

E morrer de amor foi decifrado :

Vazio que nem gritos ou lágrimas preenchem...

Escuridão de catacumba fria...

Oxigênio que se inspira com apatia

Dias de temor sem a presença da perversa...

E a proeza de plagiar o amor se confirmou

Nas suas atitudes tão dissimuladas...

No choro sem lástima verdadeira...

No beijo de desejo leviano...

Abraço que envenena a alma de quem o granjeia...

Zomer
Enviado por Zomer em 11/05/2011
Reeditado em 11/05/2011
Código do texto: T2963200