o inócuo
Quando o vi questionei,
Pela aparência que tinha.
Uns zombavam,outros esquivam-se,
Eu temia , mim criticava,
Como posso mim comportar de maneira tão igual,
A esta sociedade injusta e banal?
Que descrimina apenas por está mal vestido,
Talvez com roupa rasgada,
E um perfume desconhecido?
Com medo da violência também assim estou agindo.
De forma covarde e triste.
Me envergonho,me consolo,
Não tenho escolha , eu vivo.
Alguém bate em minha porta,
Bem vestido,bem cheiroso.
Abro-a e o convido.
Este mim rouba e sai rindo.
Sozinho fico aturdido.
Me pergunto como posso,
Ter medo de uma roupa,
Ou de um pedinte inócuo?
Como podem?
Como posso?