A minha dor
Assumo a minha dor à mim mesma
A assumo porque é só minha,
Indivisivel, irrevogável, incompreensível,
Assumo a piedade que me permito
Ao olhar olhos tão vazios e sem vida.
Assumo os pesares de uma alma que luta,
Luta pela vida, pela morte, por tudo ou nada.
Assumo a escuridão que invadiu os meus dias,
e a vastidão que se interpõe entre mim e o sol.
Assumo as mentiras que tento acreditar,
Para fugir da dor que é incessante.
Assumo as lágrimas que prometi não derramar,
Mas que vez ou outra teimam em aparecer.
Assumo as noites sem sono, cheias de agonia,
Noites longas e sempre tão vazias.
Assumo que ainda há amor em mim,
E que ele me castiga a cada dia, a cada minuto em cada suspiro.
Assumo minha dor, porque é só minha!