A minha dor

Assumo a minha dor à mim mesma

A assumo porque é só minha,

Indivisivel, irrevogável, incompreensível,

Assumo a piedade que me permito

Ao olhar olhos tão vazios e sem vida.

Assumo os pesares de uma alma que luta,

Luta pela vida, pela morte, por tudo ou nada.

Assumo a escuridão que invadiu os meus dias,

e a vastidão que se interpõe entre mim e o sol.

Assumo as mentiras que tento acreditar,

Para fugir da dor que é incessante.

Assumo as lágrimas que prometi não derramar,

Mas que vez ou outra teimam em aparecer.

Assumo as noites sem sono, cheias de agonia,

Noites longas e sempre tão vazias.

Assumo que ainda há amor em mim,

E que ele me castiga a cada dia, a cada minuto em cada suspiro.

Assumo minha dor, porque é só minha!

Isabela Faeco
Enviado por Isabela Faeco em 03/05/2011
Código do texto: T2947789
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