A manhã que não será o amanhã.
Dois de maio de dois mil e onze.
Eram seis horas e trinta e oito minutos –
acordei na cela, na célula da armação de concreto
da cidade concreta.
Mas um dia para moldar o barro amorfo:
ser disforme
Porém, o ontem repete o hoje e o hoje repete
somente repete.
O que muda são os dias da semana, ontem domingo hoje segunda-feira
o clima tênue que permeia a cidade também muda.
É o vulgar cotidiano que se passa durante a cada rotação da Terra.
O dia era sono, o hoje era sono, o amanhã - quem sabe - será sonho.