A manhã que não será o amanhã.

Dois de maio de dois mil e onze.

Eram seis horas e trinta e oito minutos –

acordei na cela, na célula da armação de concreto

da cidade concreta.

Mas um dia para moldar o barro amorfo:

ser disforme

Porém, o ontem repete o hoje e o hoje repete

somente repete.

O que muda são os dias da semana, ontem domingo hoje segunda-feira

o clima tênue que permeia a cidade também muda.

É o vulgar cotidiano que se passa durante a cada rotação da Terra.

O dia era sono, o hoje era sono, o amanhã - quem sabe - será sonho.

Gabriel Furquim
Enviado por Gabriel Furquim em 02/05/2011
Código do texto: T2945044
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