Alma Desnuda
Desnudo minha alma da tosca ilusão
Para enxergar a dor latente da solidão
Desnudo dos muitos sonhos inacabados
Da felicidade jamais experimentada
Do adeus repentino
Da descrença neste mundo em desatino
Desnudo a minha alma das etéreas flores
Para que prove dos espinhos as dores
Descarto a máscara do projetado riso
Para que as lágrimas contidas rolem sem pressa
O banhar necessário para confortar o cerrar das portas
De uma existência que a poucos importa
Desnudo a minha alma da alegria
Para que sinta a dor da cansativa nostalgia
Submeto-a ao escuro das dores e do vazio
Permito-a atravessar o deserto da saudade
Para que se liberte dos enganos e desenganos
Brotados na calada da noite onde plantara a verdade
Desnudo a minha alma da esperança
Digo-lhe para esquecer o amor criança
Repito incansávelmente para que não se apaixone
Desnudo-o dos segredos, dos medos, da noite
Deste viver sem nexo, doloroso açoite a cortar o coração
Desnudo-a porém, inútil tentar libertá-la da ilusão.
(Ana Stoppa)
Desnudo minha alma da tosca ilusão
Para enxergar a dor latente da solidão
Desnudo dos muitos sonhos inacabados
Da felicidade jamais experimentada
Do adeus repentino
Da descrença neste mundo em desatino
Desnudo a minha alma das etéreas flores
Para que prove dos espinhos as dores
Descarto a máscara do projetado riso
Para que as lágrimas contidas rolem sem pressa
O banhar necessário para confortar o cerrar das portas
De uma existência que a poucos importa
Desnudo a minha alma da alegria
Para que sinta a dor da cansativa nostalgia
Submeto-a ao escuro das dores e do vazio
Permito-a atravessar o deserto da saudade
Para que se liberte dos enganos e desenganos
Brotados na calada da noite onde plantara a verdade
Desnudo a minha alma da esperança
Digo-lhe para esquecer o amor criança
Repito incansávelmente para que não se apaixone
Desnudo-o dos segredos, dos medos, da noite
Deste viver sem nexo, doloroso açoite a cortar o coração
Desnudo-a porém, inútil tentar libertá-la da ilusão.
(Ana Stoppa)