Caneta do poeta

Sou o lúgubre lobo, pelos cantos,

habitante de praças e calçadas.

Urina, catarro secando ao sol,

esquecidos, espantando os casais.

Sou o verme, parasita dos corpos,

germinando sementes, adubando as árvores.

No divino destino do milagre da vida.

Sou enfim, de tudo o pó.

Caminhando nas solas,

nos sapatos baratos

dos transeuntes do centro.

Sou uma busca cansada,

sedenta por respostas.

Presa na caneta do poeta.

* Esse e outros poemas estão no meu livro Verso Livre.

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Buendia
Enviado por Buendia em 30/04/2011
Código do texto: T2939635
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