SACRIFÍCIO

Entrego meu futuro aos lúgubres abissais

temendo a penumbra que a má sorte a mim reserva.

Açoitado pelas sombras de males vindimais,

Em culto cego ao que minha mágoa observa.

De que vale esta vida triste

E o sopro passageiro de esperança

pelo senso da viável paz eterna,

Se o amor, que a vida sempre cansa

Corresponda só ao mal

que nos governa?

Amar aos inimigos é divino

Preza o ser que vive

amar a si

Mas não alcança ao céu que ao mundo espera

Sem ter pelo inimigo o amor daqui...

Edgar Rocha
Enviado por Edgar Rocha em 28/04/2011
Código do texto: T2936793
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