SACRIFÍCIO
Entrego meu futuro aos lúgubres abissais
temendo a penumbra que a má sorte a mim reserva.
Açoitado pelas sombras de males vindimais,
Em culto cego ao que minha mágoa observa.
De que vale esta vida triste
E o sopro passageiro de esperança
pelo senso da viável paz eterna,
Se o amor, que a vida sempre cansa
Corresponda só ao mal
que nos governa?
Amar aos inimigos é divino
Preza o ser que vive
amar a si
Mas não alcança ao céu que ao mundo espera
Sem ter pelo inimigo o amor daqui...