O TURBANTE PERTURBANTE

Lá nos céus cruzam-se os temíveis bombardeiros

Semeando pela terra o terror e a miséria

Numa tal confusão sem ordem nem matéria

Deixando em todo o lado a fome e os desordeiros.

Da colina poeirenta os olhos dos besteiros

Fixavam no horizonte com raiva deletéria

Aquela multidão lançada em fuga séria

Pois não queria ficar nos lotes prisioneiros.

Eis senão quando um tirano de turbante

De gesto ameaçador e rosto petulante

Dá mostras de querer a luta continuar…

Tão grande é este ódio que se vive além

Que já não aproveita decerto a ninguém

Esperar que uma paz se possa alcançar!

Frassino Machado

In MUSA VIAJANTE

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 24/04/2011
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