Preciso encontrar!
Preciso encontrar a estrela.
O sinal que tenho ao menos que eu vejo é o seu brilho.
Tento apalpar, mas minhas mãos não conseguem alcançar.
Meus dedos tentam se curvar, mas o que eu pego é apenas um vento vazio.
Um vazio que me incomoda, além de uma gravidade que me leva embora para mais longe.
Me leva. Como uma folha, me perco entre as sombras.
Perco-me entre as ondas,
Ondas que vão e vêm. Ondas que não vejo ninguém, não vêm você então...
Não vêm você nas margens...
Vou à superfície;
Dou cada braçada... Fico sem fôlego, aonde você esta?
Procuro por você, pois só a você devo a minha vida, sereia do mar...
Que seria de mim sem provar o sal do mar?
Sem o sal da sua pele, da sua boca?
Então surge um lual... Um fogo que, brindando ao céu,
Meu consome cada vez mais.
Procuro razões; não encontro.
Procuro saídas, mas não saio.
Estou emaranhado em consolos que não vêm de ti.
Como faço sem convívio?
Que será de minha sem o mar e sua sereia?
Pois, do mar, só retiro o sal, o amor e você, sereia.