Desonrosa solidão.

Onde jaz a escuridão.

Eu vejo a podridão.

Sementes secaram.

Do amor, só a dor sobrou.

O calor foi embora.

Só existe o frio agora.

O frio da desonrosa solidão.

Onde jaz a tristeza.

Pouco ou nada sobrou.

O vazio da alma se exaltou.

Ficou angustiante aqui dentro.

Eu só tenho tormento.

Minha vida jogada no vento.

Eu sou pão sem fermento.

Onde jaz a escuridão.

Eu vejo a podridão.

Sementes secaram.

Do amor, só a dor sobrou.

O calor foi embora.

Só existe o frio agora.

O frio da desonrosa solidão.

Onde jaz a solidão.

Só há frio e tormento, meu irmão.

Não vislumbro nada além de meu sangue jorrado, esparramado pelo chão.

Esse mundo sem alma, caro amigo.

Não me trouxe nem me deu nenhum abrigo.

Perdido estou eu no vazio.

No vazio da desonrosa solidão.

Marcos Welber
Enviado por Marcos Welber em 17/04/2011
Código do texto: T2914899
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