Eu sou o que não pode ser?

Eu sou o que não pode ser?

Eis que não sinto o equilíbro do meu corpo,

Na solidão que passo, só espero o seu abraço.

Não quero nada demais. Apenas quero você.

Não quero abraçar o rodo do banheiro,

Não quero mais sofrer com a angústia que me domina.

Ando tão fraco, que caio nas fraquezas que nem caía mais.

Minhas franquezas é que ainda tento... Mas, às vezes, peco no jeito, perco o pé do chão. Caio no poço, caio então entre a escuridão.

Mas ainda há esperanças: a de sonhar...

São esperanças importunas, pois, na situação em que me encontro...

Sinto que sinto nas dunas...

Espero céu abrir, ficar azul. Espero por você, Mariana.

Mas é tão devasso o que sinto, pois meu psicológico esta num vácuo que só...

Sinto vontade de explodir. Ah, será que sou um homem bomba? Pois meu cérebro esta em ebulição. Estou tão conturbado, que caio nas mágoas. Caio no seu mundo sem ação.

Fico como você, sem ação. Procurei tantos meios, tentei tantas alternativas, mas tudo parece então que foi inválido.

Será que sofro de invalidez?

Será que sofro do que? Pois, que sofro, já sei.

Só restam motivos para a morbidez. Que morbidez...

Que insensatez. Invalidei-me só de procurar refúgios e abrigos no coração,

Que já não mais existe. Superfaturei - sim, como em obras mal acabadas em que o funcionários se despede e não concede nem pede nem nada o seu direito trabalhista - minha alma numa palidez que só eu sei.

Ah, só eu sei o quão transparente sou e o quão transparente finjo ser.

Só eu sei o quanto mórbido me controlo e o quanto sensato procuro parecer.

Procuro perecer. Não. Procuro o motivo do perecer. Pois, que pereço, já sei.

E faz tempo, jão...

Ah, espero uma mágoa final que me leve. Que me leve. Quime leve.

Quimera leve. Quisera leve ou pudera leve. Só não leve o que não pode ser.

Sempre vivi do que não pode ser.

Sempre comi do que não pode ser.

Sempre amei o que não pode ser.

Que merda. Eu sou o que não pode ser?

Será que sou? Será que fui? Que será que é?

Meu Deus. Será que é ainda pior que do parece?

Quanta luz falta em minha visão... Quanta dor sobra em meu coração.

Será que sofro do que? Pois, que sofro, eu já sei.

E tem tempo...

Lembra-se:Eu sou conhecido como “SUICIDA”, que significa: “Sustentabilidade Unanimista Intolerável Comportamental Indiscriminável à Democracia e à Arte”!

Renato F Marques
Enviado por Renato F Marques em 15/04/2011
Código do texto: T2910946
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