ODE AO COMODISMO
São homens e mulheres que parecem
Não saberem o que querem,
São irmãos que trafegam tantas
Vezes em guerra por entre
Os destroços do que poderia um dia ter sido...
Uns entregues a covardia que por fim tudo deturpa,
Outros covardes se escondem por detrás
Dos murros do comodismo...
E há tanto o que fazer! E tantos são os sonhos!
Tantas as sementes e poucos que têm esperança no colher...
Vejo meus irmãos inquietos e queixosos a vagarem
Tantas vezes sem saber aonde chegar...
Parecem cansados e não nutrem grandes esperanças...
Seus olhos acostumaram a olhar sempre para o chão,
Que impede vislumbrar quão grande caminhada se
Alarga na imensidão do vir- a -ser...
Quietos se entregam ao ostracismo pai de toda imbecilidade
E onde deveria germinar sonhos e esperanças nada além do
Silêncio opaco da indiferença e da conformidade...
Mortos os sonhos e sepultada toda forma de entusiasmo
Assim é que do alto de minha indignação observo...
Vejo e me frustro!
Ainda agora assim me sinto, e com o ardor luto a luta dos
Mártires que morrem solitários até que de todo em todo
Fatalmente também eu pelo ostracismo e desanimo seja tragado.