ODE AO COMODISMO

São homens e mulheres que parecem

Não saberem o que querem,

São irmãos que trafegam tantas

Vezes em guerra por entre

Os destroços do que poderia um dia ter sido...

Uns entregues a covardia que por fim tudo deturpa,

Outros covardes se escondem por detrás

Dos murros do comodismo...

E há tanto o que fazer! E tantos são os sonhos!

Tantas as sementes e poucos que têm esperança no colher...

Vejo meus irmãos inquietos e queixosos a vagarem

Tantas vezes sem saber aonde chegar...

Parecem cansados e não nutrem grandes esperanças...

Seus olhos acostumaram a olhar sempre para o chão,

Que impede vislumbrar quão grande caminhada se

Alarga na imensidão do vir- a -ser...

Quietos se entregam ao ostracismo pai de toda imbecilidade

E onde deveria germinar sonhos e esperanças nada além do

Silêncio opaco da indiferença e da conformidade...

Mortos os sonhos e sepultada toda forma de entusiasmo

Assim é que do alto de minha indignação observo...

Vejo e me frustro!

Ainda agora assim me sinto, e com o ardor luto a luta dos

Mártires que morrem solitários até que de todo em todo

Fatalmente também eu pelo ostracismo e desanimo seja tragado.

Gilmar Faustino
Enviado por Gilmar Faustino em 14/04/2011
Código do texto: T2907772
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