coração bater em violências de paixão‏

Eu era a desdenhosa, a indiferente.

Nunca sentira em mim o coração

Bater em violências de paixão,

Como bate no peito à outra gente.

Agora, olhas-me tu altivamente,

Sem sombra de desejo ou de emoção,

Enquanto as asas louras da ilusão

Abrem dentro de mim ao sol nascente.

Minh’alma, a pedra, transformou-se em fonte;

Como nascida em carinhoso monte,

Toda ela é riso, e é frescura e graça!

Nela refresca a boca um só instante…

Que importa?… Se o cansado viandante

Bebe em todas as fontes… quando passa?…

CORA CORALINA

Reeditado por Graça Vieira

GRAÇA VIEIRA
Enviado por GRAÇA VIEIRA em 13/04/2011
Reeditado em 13/04/2011
Código do texto: T2906836