NÃO MAIS

Serei assim, não mais do

Que a mão que acalenta,

Ou do fogo que ao frio esquenta

Não haverei de ser nem isso ou

Aquilo que os grandes homens

Desejaram...

Contentar-me-ei em ser o silêncio

Que inteligentemente intercala

As palavras...

E quando de todo em todo, não

Houver nada por se dizer serei a

Imensidão vazia dum mundo sem

Palavras...

Talvez seja as palavras do amor

Verdadeiro que tantas vezes não

Foram ditas por medo da entrega...

Serei os bons pensamentos, que

Mesmo vivos nunca tenham ainda

Sido expostos.

E ainda que tudo isso não possa ser...

E o nada me alcance... Verei ainda

Nele uma nova chance...

E serei de todas as coisas o pós e o

Antes...

Gilmar Faustino
Enviado por Gilmar Faustino em 10/04/2011
Reeditado em 10/04/2011
Código do texto: T2899669
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