DA BESTIALIDADE

Luto a luta dos sábios, no mesmo silencio apático

Que outra vida deu a universos inteiros e complexos

Aborrece me a ação dos fúteis tolos mercenários pragmáticos

Que por níqueis desbotam todo recurso do enverbado léxico

Largo é o portal da ignorância desse monstruoso século

A volatidade e toda sorte de bestialidades se arrastam

Pelas ardilosas curvas do destino seguida por seu séqüito

Que cegos perambulam sem ter por conta os valores que devassam

O entendimento da coisa, o saber, e toda forma de sapiência

Congelam-se frente ao constante frio da demência

E o que era paz e silencio agora turbilhão e banalidade

Toda casa invade não poupando um sequer de viver eternamente

Aprisionado na caverna que em existir mantêm todos ilhados

Numa certeza absoluta de enfim nada pode ser mudado

Gilmar Faustino
Enviado por Gilmar Faustino em 08/04/2011
Código do texto: T2895836
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.