DA BESTIALIDADE
Luto a luta dos sábios, no mesmo silencio apático
Que outra vida deu a universos inteiros e complexos
Aborrece me a ação dos fúteis tolos mercenários pragmáticos
Que por níqueis desbotam todo recurso do enverbado léxico
Largo é o portal da ignorância desse monstruoso século
A volatidade e toda sorte de bestialidades se arrastam
Pelas ardilosas curvas do destino seguida por seu séqüito
Que cegos perambulam sem ter por conta os valores que devassam
O entendimento da coisa, o saber, e toda forma de sapiência
Congelam-se frente ao constante frio da demência
E o que era paz e silencio agora turbilhão e banalidade
Toda casa invade não poupando um sequer de viver eternamente
Aprisionado na caverna que em existir mantêm todos ilhados
Numa certeza absoluta de enfim nada pode ser mudado