COLO

Se não me sobram mais sonhos

Aqui nesse ambiente tão estranho

E se agora parece cair em fim tudo

Que um dia sonhei para mim...

Já não terei o breve ósculo da esperança

A tocar-me as faces ásperas

Embora enfim, assim cansado possa dizer

À morte que me espera e dos dias que abandono

Que a vida é uma quimera que tão

Habilmente queima-nos os sonhos

Que nascem na primavera...

Até que nos deita num eterno inverno

Assim frio e assim fresco, mas seguro

Onde nada sente senão o colo materno.

Gilmar Faustino
Enviado por Gilmar Faustino em 08/04/2011
Código do texto: T2895831
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