O AMANHÃ

Amanhã o dia de hoje se acaba

No amanhã está minha esperança

No porvir se apraz minha alma bêbada

Desejo o novo dia como o o tubérculo anseia a cura...

Os amanhãs sempre serão amanhãs quando enfim

Se tornarem hoje...

Procurarei sempre esse porvir que nunca chega,

O arco-íres de minha vida distancia minha fortuna ...

Quero o novo, o belo que me arranque desse tedioso mundo velho...

Sugarei no amanhã todos os prazeres, saciarei nele todas as minhas ânsias

E os desejos mais obscenos ... Farei nele as coisas que jamais faria agora...

Serei nele o que nunca poderia ser no hoje...

O amanhã é o meu refugio, minha fortaleza...

Nele há a paz que procuro, a alegria que tenho perdida...

Lá dormirei um sono bom e verei velhos amigos

Estúpidos não entram nesse porvir...

O amanhã é meu amigo e tudo de agora para sempre será banido...

As tolas coisas, as futilidades, o tempo perdido pelo amanhã serão

Esquecidos; e enfim quando o amanhã chegar talvez haja um jeito

De não deixar que ele se torne hoje...

Gilmar Faustino
Enviado por Gilmar Faustino em 07/04/2011
Código do texto: T2894810
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