DESILUSÃO
De repente a paixão ardente,
Sai em busca de novos ares em outros ventos
Ventos nas gerais,
E tórrida desmancha-se em outra alcova
Gemendo no silencio de um corpo estranho.
Por que
Lanças em mim essa labareda fria?
E feito moleque traquina
Reboliças meus sentimentos?
Por que
Acaricia-me com o punhal da traição?
A vida nos ensina muitas coisas
Mas não ensina nadar nas gélidas
Águas da enganação,
E nem respirar na atmosfera
Da sonora desilusão.
Hoje sou pura decepção... desilusão.
Não respiro.
Solitariamente afogo-me em mim mesmo,
Sem você aqui.
05/04/11
ANDRADE JORGE