Não Presto!

Não presto!

Magoei-te

Por pura maldade eu te pisei

Por egoísmo

Humilhei-te

Não sou nada do que pensava ser

Um dia achei que esta frase

Não cabia pra mim

Que eu era dócil e gentil

Puritanismo

Não sou o anjo que pensava ser

Sou um monstro por dentro

Com cara de santa

Sou tão vagabunda

Quanto à vadia na cama

Na verdade a vadia é melhor do que eu

Porque ela não se esconde

Atrás de mascaras

E eu...

Com jeito de rainha

E voz de santinha

Não passo de uma pessoa mesquinha

Má e perdida

Em sentimentos antigos

Mágoas e dor

Foi tudo que me restou...

Não presto!

Agora sofro a dor

Do meu próprio veneno

Com tudo que fiz

Perdi meu melhor amigo

Dói em meu corpo

E em meu coração infeliz

Sofre bandida!

Sorve do teu próprio veneno

Morre em teu inferno

Esta é tua paga

Sofre mulher!

Este é teu final.

Um dia, se puder,

Perdoa-me

Foi só o desabafo

De uma pessoa doída

triste com tanta decepção...

Rose de Castro

Escritora, Ghost Writer e Poeta

Rose de Castro
Enviado por Rose de Castro em 31/03/2011
Código do texto: T2882095
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