Não Presto!
Não presto!
Magoei-te
Por pura maldade eu te pisei
Por egoísmo
Humilhei-te
Não sou nada do que pensava ser
Um dia achei que esta frase
Não cabia pra mim
Que eu era dócil e gentil
Puritanismo
Não sou o anjo que pensava ser
Sou um monstro por dentro
Com cara de santa
Sou tão vagabunda
Quanto à vadia na cama
Na verdade a vadia é melhor do que eu
Porque ela não se esconde
Atrás de mascaras
E eu...
Com jeito de rainha
E voz de santinha
Não passo de uma pessoa mesquinha
Má e perdida
Em sentimentos antigos
Mágoas e dor
Foi tudo que me restou...
Não presto!
Agora sofro a dor
Do meu próprio veneno
Com tudo que fiz
Perdi meu melhor amigo
Dói em meu corpo
E em meu coração infeliz
Sofre bandida!
Sorve do teu próprio veneno
Morre em teu inferno
Esta é tua paga
Sofre mulher!
Este é teu final.
Um dia, se puder,
Perdoa-me
Foi só o desabafo
De uma pessoa doída
triste com tanta decepção...
Rose de Castro
Escritora, Ghost Writer e Poeta