Sem permissão
Eliane Triska
Não me disseste onde descansar as flores
que adornariam os meus túmulos pequenos,
cobertos pelo morno barro asfáltico.
Chorei tanto!
E foi tanto que sobre eles as palavras amoleceram...
E, das mais palavras,
as que não pude conter, deixadas por ti,
ficou a promessa indecente
gravada na lápide dos meus túmulos pequenos.
Mas tu? Não!
Nunca
poderias sê-lo!
Canoas, 28 de março de 2011.