Efêmero instante

Choro hoje o instante

Que vivi ontem

E amanhã o instante

Em que hoje eu viver

Porque na vida

Nada é permanente

Tudo é inconstante

E no instante

Em que se nasce

Já se começa a morrer.

Morro hoje pelo prazer

Do amor que tive ontem

Por amar alguém

Em deslumbrantes instantes

E por pensar que aquelas

Juras de amor

Seriam constantes

Que determinados instantes

Perdurariam em minha alma

E determinantes seriam

Para sempre.

Vivo agora o instante

Que me é presente

Pois o futuro

Com o requinte

Dos instantes que vivi

Não mais me pertencem

Fugiram no tempo

Com o amor que é efêmero

E coloriram as nuvens

Com um tom argênteo.