Desencanto

Falei sobre mim de tantas maneiras...

Em alguns momentos apaixonada,

Em muitos a indignação era o meu nome,

Também me mostrei emocionada

Com as muitas voltas que o mundo dá.

Fui menina, mulher, até mesmo homem.

Nos muitos poemas que criei

Falei de Deus, do diabo, do absurdo.

Alguns foram manchados por lágrimas

Algumas de cansaço pelas injustiças sofridas

Sempre com muita luta, muita garra.

Minhas lágrimas lavam minhas feridas.

Se hoje choro é porque me dói a alma

Depois de mais uma desilusão adquirida

De onde menos esperava recebi uma pedrada

De uma pessoa que chamei de amiga.

E me dói tanto que parece machucar meu corpo

Mais um poema triste e sofrido

Marcado de desilusão, mágoa e desgosto.

Uma parede da minha casa caiu sem que tivesse percebido.

Que a mão do tempo apague mais essa cicatriz

E que não se acumule mágoa no meu peito

Dor acumulada vira ódio e odiar não quero

Quero paz, igualdade e respeito.

Patricia Teixeira
Enviado por Patricia Teixeira em 24/03/2011
Código do texto: T2868756
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