BARCO SEM ILHA
Vou parar de lutar...
Deixar a velhice chegar.
Começar a crochetar,
deixar de em vão sonhar.
És pássaro livre pelo ar.
Nascida no tempo errado,
num século ultrapassado.
Sem poesias, sem magia
realidade mórbida, fria.
Fui tua, mal recebida...
Vou parar de remar,
contra o tempo que anda
no seu próprio ponteiro,
no seu próprio compasso.
Somente na ode amar.
Desligar o motor em alto mar
ouvir gaivotas e mirar vagas
mesmo num barco a soçobrar.
É inútil pelo Amor esperar.
Ele já veio e não quis ficar.
Jogar o celular, o notebook.
Fazer a limpeza eletrônica
que deveria nos aproximar
ao invés de nos calar...
Vento minuano a soprar...
Vou parar de lutar...
Deixar a velhice chegar.
Começar a crochetar,
deixar de em vão sonhar.
És pássaro livre pelo ar.
Nascida no tempo errado,
num século ultrapassado.
Sem poesias, sem magia
realidade mórbida, fria.
Fui tua, mal recebida...
Vou parar de remar,
contra o tempo que anda
no seu próprio ponteiro,
no seu próprio compasso.
Somente na ode amar.
Desligar o motor em alto mar
ouvir gaivotas e mirar vagas
mesmo num barco a soçobrar.
É inútil pelo Amor esperar.
Ele já veio e não quis ficar.
Jogar o celular, o notebook.
Fazer a limpeza eletrônica
que deveria nos aproximar
ao invés de nos calar...
Vento minuano a soprar...