Melancolia
Quando tudo era sonho
Castelos erguidos na areia
Desejos correndo na veia
Veio a onda da vida
E nada restou
Não sobrou um alicerce
Quem enfim pudesse
Fazê-lo outra vez emergir
Apagará-se todo o sentir
Tudo que era fruto e flor
Belos em multicores
Amargo agora era o sabor
Reverteu-se em profundas dores
Nem os olhos, nem a boca
Aquela vontade de se dar
Sentem aquela vontade louca
Do prazer que era amar
As lágrimas Transbordantes
No calor da desilusão
Estavam secas rachadas
Não se engana mais coração
Emoção constante e pueril
De um amor quimeras vil
Tanto que se teve, tanto que se deu
Lembranças... nem marca, feneceu...