Saudades dos teus carinhos, mas não mais os quero

O vento levou a última folha caída,

Com ela, a areia foi-se também,

E o vento levou as pétalas sofridas

E a alegria que já não mais tem.

Tua ausência partiu meu coração violentamente,

Deixando-o aos pedaços, estrago, minha aflição

Partes e vais embora, ordinário, ser de suja mente

Que queria apossar-se da minha triste paixão.

Não proferiste sequer um adeus ao me deixar,

sinal de que dali irias para sempre,

E não chegando bem ao menos a hesitar,

Ao partir, violentou, estragou, e eu crente

Deste-me uma única condição: Chorar

Derramar sobre tua maldade a minha última esperança

E, mais tarde, nos bares, vir me buscar

Já não terei a inocência de uma criança.

Saudades tenho de teus carinhos, não posso negar,

Teus abraços aqueciam muito bem o meu corpo,

Mas não te quero com antes, digo para não negar

Que para mim, hoje, sem o amanhã, estás morto.

Talles Atyhê, dedico às decepcionadas mulheres.